terça-feira, março 18, 2008

Concordo. Mas faço um reparo

Já aqui disse, em posts anteriores que não tenho partido político nem sou filiado em nenhum deles. Contudo consigo encontra, em alguns partidos, aspectos dos quais estou de acordo mas também aspectos que discordo completamente. Devo confessar que, dos partidos que têm assento na Assembleia Nacional, há dois pelos quais tenho uma profunda revolta (digamos que um é de direita, mesmo direita, e o outro é de esquerda, entre o P.S e o B.E.). Este sentimento é causado por um simples aspecto: Ambos, cada um à sua maneira, parecem ter parado no tempo. Um é demasiado conservador e outra contínua com ideias vindos da Revolução Social Russa.

Do governo actual admiro a coragem e a determinação em alterar profundamente o comodismo em que muita gente vive (basta ver na máxima portuguesa: Criticar por fazer; Criticar por não se fazer). Finalmente desde o 25 de Abril que nunca se ouvia tanta contestação, por um lado é bom sinal, por outro pode ser a amostra de que muita gente não quer que o país avance. É bom sinal no sentido de que finalmente o povo português tomou a consciência de que há muito para fazer neste país e há que mudar o rumo. É mau sinal na medida que muitas dessas vozes são aquelas que adoram o estado das coisas, o único objectivo é criticar por criticar (é o grupo de vozes que nunca estão contentes ou que anseiam pelo poder, são esses que influenciam o resto do povo haja ou não motivos para tal.

Deste governo, critico e apoio muitas politicas. Mas a maior critica que faço a este executivo é a politica de comunicação. Se houvesse uma relação mais directa entre Governo e Povo certamente que muita politicas iriam ser compreendidas.

Isto tudo veio a propósito das declarações do Primeiro-ministro no arranque da construção da nova fábrica da Portucel, em Setúbal, que vai criar mais de 300 postos de trabalho directos: «O país precisa destes projectos, investimentos, exportações, emprego e emprego qualificado, investigação e desenvolvimento. Investir em Portugal é do que nós precisamos e não de quem passa a vida a choramingar». Não posso estar mais de acordo, mas essas condições surgem após investimento do respectivo Estado na formação de mão-de-obra qualificada, no ensino mais qualificado e na investigação técnica e científica. Infelizmente é isso que falta no nosso país.

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